Quando teimo que não quero o que quero...

De quando em vez sucumbida por este sentimento...

Um sentimento de vazio... um sentimento de ideias vagas que me cruzam a mente desordenadas, sem nexo...

Sei que não busco nada, limito-me a viver dia após dia, tirando o melhor partido daquilo que me é dado... No entanto sinto que não estou completa, que me falta algo...

Algo que não quero ter e não procuro porque não quero e estou bem assim... Mas quero mais... Preciso de mais.

Anseio

...Não sei bem o quê, nem sei porquê...

Mas sei... Sei porque o sinto e sei porque não o queria sentir...

Estou triste, mas sinto-me feliz... Estou triste porque sim e estou feliz porque não sei...

Apetece-me explodir numa gargalhada de choro compulsivo...

Estou num vazio rodeada de espaço para mil coisas, mil coisas que não quero pensar, que não quero sentir mas penso e sinto...

Doi-me algo que não existe e não sei o que é, mas sei que doi...

Sei que quero o que não quero e não quero o que quero...

Foge o que não tenho...

E aqui estou eu simplesmente num anseio de algo desconhecido que espero sei saber porquê...

Eu hoje aqui...

Estou numa tranquilidade como há muito não sentia... Assusta-me muito, mais do que me tranquiliza, no entanto estou disposta a correr riscos...

Isto sim é novidade para mim... aos poucos sinto-me a emergir... a renascer...

Estou crescida. Dona de uma energia que não sei de onde vem.

Estoou tranquila sim, algo apazigua o meu sentir e gosto disso. A minha determinação supera as minhas fragilidades e sou sincera comigo. Sinto medo quando o tenho e não me envergonho de o confessar... Mas também já não tenho medo de lutar por mim e de pensar que quero ser feliz.

Vou viver o dia-a-dia, aproveitar a vida e lembrar-me todas as manhãs como é bom viver e sentir tudo aquilo que tenho para sentir.

Vou sorrir sempre que me apetecer, chorar sempre que precisar... Vou ser mais a permitir-me viver. Não me vou mais esconder.

Um dia disse...

"... não nos podemos arrepender daquilo que fizemos ou dissemos, porque afinal, na altura apenas reagimos de acordo com aquilo que era o correcto, se o fizémos, foi porque no contexto era o que fazia sentido..."

Hoje em dia continuo a achar exactamente o mesmo, mas faço menos coisas...

Tenho mais receios, penso mais, pondero e racionalizo muito mais...

Sinto-me em paz com o que sinto neste momento, posso ter mais mas não tenho porque tenho medo...

Tenho medo porque acho que posso ter mais e acho que posso perder mais...

Já percebi o que quero mas tenho medo de arriscar por puder perder o que tenho...

Tenho saudades dos tempos em que me sentia um pássaro a voar sem destino.

Não sou a mesma... por vezes até me sinto adulta... mas isso assusta-me...

E neste momento tudo se resumo ao medo que tenho da possibilidade de ser feliz...

Ao fundo do poço...

Estou perdida de medo... tenho medo de me deixar mergulhar e chegar ao fundo do poço... Não quero perceber o que sinto, não sei se vejo o que vejo...

Estou perdida em medos, racionalizo demasiado e as noites parecem longas...

Não quero chegar ao fundo novamente, não sei se teria força para voltar a sair do poço sem fim... Mas no entanto sinto-me tentada a espreitá-lo... tenho medo de cair e a cada dois passos recuo um...

Não quero... tenho medo...

No fundo da alma... tudo como antes...

Apetece-me chorar...

Deixo-me levar constantemente pelas emoções...

Às vezes apetece-me viver tudo, quero sentir-me iludida pelo turbilhão que vai dentro de mim, viver cada emoção, cada sentimento... Mas depois sinto-me perdida no despertar

Deixei-me levar novamente por um querer sentir que não existe e magoo-me, uma vez mais saio lesada pelas minhas emoções...

Não consigo sair do limbo do meu sentir... há demasiado que não consigo ultrapassar, prefiro viver na paz não existente de um descontetamento conhecido que me afaga o rosto.

Quero apenas deixar-me ficar no que resta deste coração que nunca voltou a ser o mesmo... Apetece-me chorar e evocar a memória até ao dia em que o meu coração sorria e respirava felicidade....

Já foi á tanto tempo...

Quero morrer...

e não digo mais nada...

Saudade

Saudade de ser menina...
Saudades dos meus quinze anos, saudades das minhas férias de verão...
Uma saudade doce de tantos momentos felizes...
Volto atrás no tempo e não quero de lá sair...
Tenho saudades... Mais que muitas

Não te via faz...
Não sei... muito tempo mesmo...
Sabes, pensei que ía ser diferente... que alguma coisa em mim reagisse em choque ou... não sei, acho que sempre pensei que iria alguma coisa em mim acontecer... não falo em algo emocional, uma recaída, ou uma cereteza de que ainda sentia o mesmo... Mas não... foi apenas aquela sensação do "o que é que lhe digo agora?? falo, ou faço de conta que não o vi??".
Falei... mas continuei exactamente na mesma, nem borboletas, nem joelhos tremulos... nada... apenas um respirar fundo e um pensamento ao entrar à porta..."vou-me arrepender"... percebi que o iria ver...
Mas não aconteceu nada...
Curei-me de ti e ver-te deu-me certezas... Certezas do que quero, certezas de que estou melhor sózinha e que mereço muito mais do que uma relação bonita como foi a nossa quando tudo corria bem, mas que ainda assim mereço mais!
Ver-te fez-me perceber como sou importante, como sou bonita e como sei ser mulher, sim é estupido eu sei... Mas foi bom ver-te, eu sou mais do que aquilo que mereces e durante demasiado tempo eu achei que era o contrário...
Talvez tudo tenha sido no tempo errado, talvez até o que eu vivo agora seja no tepo errado...
Gostava de te dizer que estou feliz, mas tu irias saber que eu não estou, na verdade sinto-me miseravel com a minha vida, mas estou tão bem melhor sem ti!
Estou decidida, muito mais decidida...

Lost in time

Cada dia que passa, é mais um espinho que se crava...

Lonely

Nunca me senti tão vazia, tão sem nada ao ponto de me deixar sem palavras...
Snto-me absolutamente só sentado num beco sem sa´da escuro e sem ninguém... Apenas um muro alto, cinzento... Mais nada... Não consigo ver o céu, apenas um enorme muro cinzento... húmido numa longa noite fria e chuvosa...
E estou só... absolutamente só...
Não suporto mais esta escurdão...

Tempo esquecido

Sinto que tudo continua a passar numa imensidão desconhecida de qualquer coisa...

Num silêncio ensurdecedor de nada se passa mas tudo acontece...

Apetece-me gritar exorcisando os meus fantasmas mas um grito mudo perturba-me o pensamento...

O certo está errado quando o errado está certo, mas no fundo não é certo que está errado, o errado é que não está certo...

E passam assim os dias num murmúrio de tempo esquecido em palavras vagas, pensamentos soltos de um descontentamento feliz...

time goes by...

O tempo passa... Muito rápidamente mas em mim reside aquela mesma angustia escondida entre sorrisos e boa disposição...

Dou por mim...

Em busca de respostas... Sinto que muito de mim não avança, por algo que nunca foi ou chegou a ser, mas que me fez sentir...
Ainda hoje não teno respostas para o vazio... Ainda hoje quando penso sinto saudade...
Não sei o que senti, não sei que sentimento foi, mas preenchia-me... Mas tudo desapareceu... Tão misteriosamente, tão sem rasto que assusta...
Onde estás, para onde foste, porquê o silêncio... Porquê o dia marcado que nunca chegou a ser...
Marcas ficaram gravadas em mim... Boas ou más, não percebi ainda... Mas hoje quando penso em ti, sinto saudade...
Mas fica um vazio que não sei explicar... Talvez tenha sido alguma, talvez até podesse... Mas não sei... e este não sei pertuba-me muito mais que o não quero...

Quando o tempo não cura

Já se passou tanto tempo e tudo continua igual...

Continuo a saber quando te vou ver, é algo que não sei explicar... É uma espécie de nervoso miudinho, uma vontade de suspirar, uma pulsação acelerada... Quanto mais proximo fico de te ver, começa um certo frio na barriga, a minha respiração acelera, parece que não tenho capacidade suficiente para respirar... Tento abstraír-me de todos estes sintomas, acredito que te vou ver, mas repito vezes sem conta que estou errada...

Passam uns minutos, segundos e lá estás tu... eu vejo-te de longe e os meus joelhos tremem, fico pregada ao chão... tenho a ligeira sensação de ter engolido borboletas, que voam desenfreadamente no meu estomago querendo sair cá para fora, o meu coração dispara e eu sinto-me como se não houvesse amanhã...

Tudo continua igual, ms o tempo não é capaz de curar...

Eu sei que não me viste, mas eu vi-te...

Tenho tantas saudades tuas...

Hoje...

... apeteceu-me escrever...
Mas agora... aqui... nada me ocorre...

Breves

E como em tudo na vida, o desencanto... Mas não deixa de lado o desinteresse, apenas a habituação...
A culpa é minha que me fechei...

take 2

o pior é quando dura mais que 24h...
Tenho frio, apetece-me sorrir ao mesmo tempo que me sinto enjoada, sinto um nó na garganta... e mesmo sem querer sinto a sua chegada...
Não quero que se volte a repetir... tenho medo... não quero sentir isto... assusta-me

Episódios

Há acontecimentos na vida que nos fazem um bem terrível, que nos fazem despertar para o bom que é sorrir e perceber que está mais que na altura de deixar o passado no passado...
Pode não ser possível, mas é bom voltar a sentir um sorriso estúpido na cara... Se calhar amanhã já nem tem nada a ver, mas por hoje, foi bom demais!

Triste alegria

Há alegrias que nos entristecem... Coisas ou sentimentos que não conseguimos explicar. Coisas que lemos nas entrelinhas, que nos fazem sentir felizes pelo outro, mas no entanto fazem-nos chorar escondidos por trás de um sorriso...
Não te sei explicar em mim... Mas deturpas a minha realidade com um simples murmúrio de silêncio...
Sorrio de tristeza sempre que te sinto perder, sorrio por ti, chorando por mim...