terça-feira, dezembro 25, 2007

Cinco minutos

Preciso de cinco minutos…
Apenas cinco minutos do teu tempo, cinco minutos nos quais me possas dar atenção… melhor, cinco minutos para que eu possa desfrutar da tua companhia, para que possa olhar para ti, olhar-te nos olhos em silêncio…
Cinco minutos para que te possa abraçar, sentir o teu cheiro, a tua presença o teu olhar… cinco minutos para que possa sorrir contigo e sentir os teus olhos brilhar de emoção por tanto que tens feito até agora…
Cinco minutos do teu tempo para que possa matar saudades em silêncio, para que a minha alma se encha de ti…
Hoje penso em ti como há muito não o fazia…
Tenho saudades... muitas… Mais que muitas, tantas que em palavras não consigo quantificar o quanto…
Não te tenho mais… Não sei de ti faz muito e não te vejo há mais tempo que aquele que na realidade passou…
No teu lugar tenho uma ferida mal curada… e hoje dói…
Parece que o tempo vai mudar…

sábado, dezembro 01, 2007

Ausências

Estive ausente de mim mesma... Muito tempo, longe de mim, dos meus pensamentos, esquecida de mim recalcada em coisas que não quero pensar, verdades que não quero enfrentar...
O passado assume-se como ultrapassado, esquecido, enterrado, mas apenas numa consciencia de realidade induzida pela obrigação de esquecer...
Ainda não tenho respostas para mim, ainda não confio nem aredito o suficiente em mim...
Por mais que transpareça serenidade, paz, o meu interior encontra-se revolto numa tempestade tropical de sentimentos, medos, duvidas...
Por fora sorrio, tudo está bem e acredito nisso, ás vezes...
Hoje não acredito na minha serenidade, choro seca por não saber quem sou, por me ter perdido algures entre aquilo que sinto e entro o que devo sentir...

segunda-feira, outubro 29, 2007

Certezas incertas

Quero-te
Porque te posso querer
Porque sinto que te posso ter
Mas não quero...
Porque não quero perder,
Porque não quero sofrer
Mas quero...
Não porque te ame
Não porque te adore
Nem porque goste...
É pelo simples poder de tudo isto,
Mas não quero...
Não sei o que é...

É um jogo
De emoções
De sensações
De desejo...
Um jogo de adultos
Sem regras
Mas regrado
O final do jogo...
Esse não passa pela casa da partida...

domingo, outubro 28, 2007

Mudam-se os tempos

Sou louca na minha sanidade...
Luto por ideais em que mais ninguém acredita e por vezes sinto-me rumar contra uma maré tão mais forte do que eu...
Talvez seja teimosia mas mais que isso são coisas nas quais acredito, são coisas que desde sempre defendi e que desde sempre me guiaram e não foi por isso que deixei de viver tudo o que vivi...
Mas já faz tanto tempo que hoje em dia não sei mais como era, não me lembro, sinto-me velha e sem jeito... perdida numa timidez que há tanto tempo eu não sentia... Isso assusta-me, muito!
Os dias vão passando ora correndo, ora calmamente... mas um certo nível de impaciencia vai crescendo dentro de mim, sem que eu mesma saiba muito bem a sua origem...

sexta-feira, outubro 12, 2007

Dias

Muitas das vezes não percebo o que se passa comigo, sinto-me apenas fervilhar num mundo que me rodeia tentanto viver o que surge da melhor forma possível... Mas nem sempre sinto-me a viver tudo ou muito menos me sinto feliz por fazê-lo...
Gosto de tudo o que faço, orgulho-me de mim, orgulho-me de tanta coisa que superei e da força que tenho... Mas... Falta-me algo...

sábado, setembro 15, 2007

Apenas

Começo a sentir fadiga emocional... Já à muito que não tinha isto, volto a sentir a necessidade de me ocupar para não estar quieta... O sábado não passa, contrastando com os dias anteriores, hoje as horas parecem não ter fim...
Sinto-me ansiosa, quero respirar e não consigo... A determinadas alturas à uma lágrima e nó na garganta que parece querer rebentar a qualquer momento....
Andei dois dias demasiado bem disposta, demasiado feliz... Alguma coisa não estava certa... já sei como é...
Começa a doer-me a cabeça... o corpo pede-me descanso, mas a alma pede mais...
Hoje contrastando com tudo o resto, estou triste, mais que muito...
Mas não quero chorar... Essa sou a eu de à muito...
Embora haja dias que sinto que o coração ainda sangra...

quinta-feira, setembro 13, 2007

Simples pensamento

Os dias passam a uma velocidade alucinante, eu deixo-me levar pelas horas que correm afoitas ao que as rodeia...
Tinha saudades dos dias rápidos sem tempo para grandes pensamentos, saudades dos dias longos pela quantidade de coisas que se consegue fazer, saudades de roubar tempo ao tempo para fazer algo que me dá prazer...
Mas não gosto destes dias céleres... São eles que me fazem sentir a saudade de um colo que não tenho, que me fazem sentir a necessidade de ter alguém que não tenho...
São as horas e os minutos que passam que me fazem sentir saudade de um telefonema de fim de tarde, de uma palavra dita ao ouvido que faz arrepiar... São estes dias que me fazem sentir falta de amar...
Mas longe de saber o que se passa, passam os dias, as horas e os minutos... o tempo urge e tanto há para fazer... o colo fica para depois, para um dia em que o ouver... mas cresce demasiado a saudade e a vontade...
Passa o tempo... e eu por ele, desafiando por vezes o infinito num suspiro apressado...

terça-feira, agosto 28, 2007

Momentos


Hoje uma tristeza mordaz e atroz entrou não consentida no meu coração.
Choro de profunda tristeza, não sabendo de onde vem embora me deixa num vazio de alma que me consome...
Não sei se tem a ver com os pesadelos tidos esta noite e com as poucas horas de sono que estes provocaram, mas estou num vazio enorme.
Recordo que os pesadelos começaram após ter sonhado contigo... um sonho confuso em que simplesmente aparecias enquanto eu tentava evitar-te a todo o custo...
Mas a tristeza hoje persegue-me como à muito, muito tempo não fazia... E neste sentimento ruim que não mais quero sentir, as lágrimas rolam clandestinas, afoitas à minha vontade.
Sento-me só, contemplando a solidão que me cerca...

segunda-feira, agosto 27, 2007

Leonor

A porta rangeu ao abrir, Leonor dá um pequeno salto de susto, enquanto fica expectante a olhar para a porta.
Ninguém entra, apenas se escuta o silêncio da casa a contrastar com a brisa que corre pelas ruas, fazendo dançar as ramagens das árvores.
Leonor levanta-se cautelosamente, impelida pela curiosidade embora receosa por se saber sózinha. Quando chega à porta, espreita para o corredor e nada vê, fecha a porta de seu quarto e volta de novo para a sua secretária onde se prepara para escrever mais uma folha do seu diário.
Desde sempre se sentira motivada para a escrita, sentia-se uma Florbela Espanca no seu sofrer e então escrevia, dias e noites a fio... Mas neste dia ela não mais quis escrever, revoltou-se com a caneta que segurava nas mãos e lançou o seu caderno pela ar... Leonor queria apenas perder tempo com os seus pensamentos, não queria mais escreve-los como forma de os perpetuar, Leonor estava determindada a deixar-se viver ao invés de se conter entre paredes escrevendo religiosamente tudo o que sentia.
Chegara a altura em que sofrer não era mais a solução, por tanto se entregar ao sofrimento, já houverá sofrido mais do que seria suposto para o seu jeito de menina.
Sorri pela primeira vez enquanto se atira para cima da cama. Como ela poderia imaginar que o simples ranger de uma porta a abrir podesse fazer tanto... Mas fora a primeira vez em muitos anos que voltara a sentir-se curiosa... Leonor volta a olhar para a porta... senta-se... olha em seu redor e vai atè à janela de seu quarto, na rua gentes de todos os credos passeiam com ar feliz...
Ela sorri, olha de novo para a porta do quarto e corre para a rua... Mas ao chegar à rua não vê mais quem procurava... Enquanto a fitava pensava ter visto um rosto familiar, sentiu colo num olhar... Agora não sabia mais onde procurá-lo...
Não ficou triste, muito pelo contrário sorriu numa paz imensa, a curiosidade ajudara a superar os seus medos e sofrimento... Agora ela só desejava voltar a reconfortar-se naquele olhar, mesmo não havendo amanhã.

domingo, agosto 26, 2007

Fim de noite


Não sei como foi...
Vi-te como já acontecera anteriormente, mas desta foi diferente...
Vi-te com olhos de mulher, com olhos de quem sabe o que quer.
Tudo decorreu dentro da normalidade, mas sentia-me impelida a cada segundo procurar o teu olhar... E quando o fazia, por vezes, ele cruzava com o teu...
Essa recordação faz-me sorrir...
Por casualidade, ou não, passamos grande parte da noite a falar... o tempo passou sem sequer dar conta, trocamos opiniões sobre modos de estar e algumas coisas mais.

Perdi-me por muitas vezes no teu olhar... Umas vezes crítico, outras vezes simplesmente atento ou argumentativo... Conseguindo até sorrir apenas com o olhar... Senti-te vacilar a determinada altura, mas talvez fosse apenas um desejo meu...

E num olhar doce...

A noite acabou...

segunda-feira, agosto 20, 2007

Ainda...

Ainda penso em ti.
Ainda penso na forma como te deixei entrar na minha vida e como fizéste dela aquilo que vivi.
Ainda me refugio pensando em ti, talvez como forma de não me deixar levar por aquilo que vou vivendo.
Penso em ti como forma de travar aquilo de que tenho medo.
Deixei-te entrar na minha vida, fazendo dela um furacão de sentimentos...
Agora que dela saíste, és apenas um escape para que mais ninguém entre.
Não sei o que sinto, porque hoje só serves para afastar pensamentos que poderiam ir mais além.
É triste perceber que já foste tanto e agora és apenas isto... nada.
Um nada que apenas serve para atrapalhar.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Estranhezas

Sinto-me estranha...
Na realidade não consigo perceber o que sinto... Recupero de uma perda dolorosa embora esperada e sinto que em relação a isso, estou numa desilusão profunda o que faz suavisar a dor...
No entanto, sinto-me à deriva num mar que desconheço, embora destemida enfrente a novidade, correndo o risco de algures perder contacto ocular com terra e ficar à deriva, numa jangada de bambú...
O que se passa na realidade não sei, mas deixa-me estranha, sucumbida por milhares de pensamentos todos relacionados e carregados de imagens visuais muito fortes, como se todos os pensamentos fossem flashes alucinantes de momentos de um passado muito recente, misturados com momentos instantaneos que rápidamente saltam em voo temporal para um futuro que desconheço voltando novamente ao passado...
A cabeça dói... é excesso de informação, é sono... é até aquilo que eu não sei e alguns ai's sucedem-se deixando-me muda, inquieta, mas com uma estranheza tão grande...
Contínuo à deriva... relembro quando pensei ter visto terra, quando lutei com todas as minhas forças para lá chegar, relembro o que sofri sobre um sol escaldante, lutando apenas com dois braços contra a força do mar, mas não era terra era o que eu mais desejava, água para beber, alimento para comer, era simplesmente tudo o que eu precisava... Relembro o dia em que lá cheguei e no pequeno banco de areia chorei... Lutei por algo que não havia, lutei pelo que queria e em vez de àgua encontrei um banco de areia sem nada... Alí deixei-me ficar durante horas, o sol caiu e a lua nasceu, até que novo sol surgiu num céu azul. Respirei fundo, olhei em volta e pensei que mais sózinha do que já estava, que mais à deriva do que já estava não podia ficar, limpei as lágrimas salgadas ressequidas num rosto marcado pelas intempéries, peguei na minha jangada de bambú e lancei-me ao mar...
Avisto aquilo que me parece terra, mas desconfio dos meus pensamentos já fui atraiçoada uma vez, não quero correr riscos, mas as imagens surgem e cada vez parecem mais próximas embora já não consiga distinguir a relaidade do pensamento... Estou cansada, preciso de uma noite de sono descansada, depois do meu banho tomado.

segunda-feira, julho 30, 2007

De todo o coração

Lembraste de mim?
Perdi-me algures por aí no tempo, num medo infinito de perder o pouco que tinha de ti.
Guardei-me nesse egoismo em segredo em que nada dizia de ti, não falava no que sentia, amealhando todo o sentimento que por ti nutro para que ninguém podesse roubar uma pequena restia que fosse.
Sabes o que fiz?!
Esqueci-me de ti para o mundo, apenas conservando o meu amor por ti, fechado a sete chaves no meu coração azul... Fui feliz, sabias?
Enquanto te guardei em segredo e foste só meu, quando me perguntavam por ti, respondia vagamente um não sei, enquanto sorria por te saber bem guardado...
Sempre foi apenas isso que tive de ti..
Mas ainda hoje me lembro de ti, ainda hoje fazes o meu coração vibrar, ainda hoje desejo estar contigo, por mais que a minha boca diga o contrário...
O que sinto é tão forte que chegou ao ponto de eu conseguir guardar mais para mim, tive de partilhar contigo... foi dificil, sabias?
As palavras não eram as oportunas, o meio não foi o desejado, mas estava demasiado cravado em mim, a minha boca não aguentava mais e o meu coração explodia... Disse-te que estava por ti perdida de amores.... sei que ficáste em choque, por apenas teres ouvido aquilo que sempre negaste que algum dia iria acontecer... "Sou um parvo incensivel"...
Sabes amor, és apenas um tolinho previsivel que me fez sorrir, mesmo quando me fez sofrer...
Neste momento, apenas te quero fora do meu coração, embora eu saiba que não vais sair, pelo menos tão cedo.
Mas... a verdade é continuo a sentir mesmo, mesmo que a minha boca te diga o contrário.
Sabes,
Propocionaste-me uma especie de amor por mim nunca antes sentido.

terça-feira, abril 10, 2007

Ás vezes não sei

Sinto-me calma e tranquila resignada a uma série de coisas que sinto e vejo. Vejo o pior dos cenários aquele que me faz sofrer, mas aceito. Aceito essa possibilidade com uma frieza cega, sei que é o que vai acontecer mas no entanto sei que não é para me preocupar, parece que algo dentro de mim me mostra o desfecho ao mesmo tempo que me tranquiliza sem nada me mostrar, mas apenas me faz sentir isso.
Faz-me não querer espernear por um amanhã, nem por uma resposta rapida, apenas me diz este é o hoje, aquele que tens de viver para colher dividendos no futuro...
Ao mesmo tempo que faço desse meu sentir rotina, vejo-te a fazer coisas que te mandam para outros mares, e no entanto, mantenho-me no cais em silencio vendo-te partir sem temer...
Vais viver um pouco mais daquilo que tens traçado, vais viver coisas das quais não faço parte... Vejo-te como uma mãe que vê seu filho partir em busca da felicidade, sabendo que um dia seu filho retornará a suas saias.
Talvez seja isso mesmo. Por isso não sais daqui de dentro.
O ontem de outros tempos confundiu-se com o agora.

quinta-feira, março 29, 2007

Mais uma viagem

Estou de partida por mais uns dias, vou à descoberta de mim mesma perdida algures numa cidade que não é minha, num país que não me pertence, num dialecto que me é indiferente...
Vou sózinha acompanhada de 50 pessoas, que nunca vi e que provavelmente nunca mais verei...
É um novo desafio no qual mergulho, é um desafio feito com gosto, um desafio que me faz bem, que me faz renascer.
Por cá as coisas ficam iguais, mas estarei longe por uns dias e quero que tudo fique cá! Quero respirar, quero sentir-me sã... Quero esquecer tristezas

domingo, março 25, 2007

Que bom que é...


Que bom que é sucumbir ao desejo...

Dizer não, deixando-nos ser levados pelo desejo.

Sentirmo-nos envoltos numa teia quente de palavras, sensualidade que nos deixa vulneráveis por sabermos amar a pessoa e por autistamente reprimirmos o desejo dizendo repetidamente não, enquanto somos levados por um abraço, um beijo arrastado por aqui e por alí, por palavras ditas quase imperceptívelmente ao ouvido...

Que bem que sabe dizer não, quando tudo o resto grita sim, quando o coração arde a 500 mil e mais que nunca deseja sentir-se assim...

Só o coração cala a razão...

segunda-feira, março 19, 2007

Cicatrizes....

Cá fora um vento gélido percorre as ruas, atingindo de frente o meu Ser...
Relembro-me de novo os dias passados ao frio...Dias intermináveis,sem fim à vista, munido apenas de uma vontade....Sobreviver
Sobreviver por mim, apenas por mim...uma teimosia imensa...
Sei que está a doer...deixa doer...amanhã até talvez seja pior...Temos pena...
Sei que que estou de rastos, dorido, destruído...Não quero saber...Só sobrevivem os mais fortes...
De que vale a pena todo o sofrimento...Tornamo-nos maiores, mais lúcidos, ganhamos um sentido...
Há dias em que o coração dói... Não por amar ou por não ser amado, mas dói pela imcompreensão que sente, pelo vazio de alma, pela calma, pela monotonia, pela rotina, pelo desalento...
Dói por ver pessoas que se preocupam demasiado com vidas alheias e qual alcoviteiras esmiuçam tudo até saber mais que o próprio interveniente da sua vida...
Bate solitário por uma esperança que jamais desaparece mas por vezes se esconde em surdina, chora por algo que não tem, mas que também não ambiciona ter, embora espere encontrar...
É um coração com marcas, forrado de cicatrizes que doem a cada batida, que o lembram de quanto já sofreu.
É um coração cansado... Mas que ainda bate, solitátio, triste, choroso... Mas que bate...

domingo, março 18, 2007

Momentos de Paz


Aquela paz voltou a instalar-se...

Acho que não a posso chamar de paz, apenas... Calma.

Talvez um equilibrio momentaneo oriundo do estado de espírito "não quero saber". Não me quero preocupar, não quero pensar nas incongruencias entre palavras e actos. Não sei sequer o que esperar, mas também não quero pensar sobre isso.

Talvez tenhamos ambos entrado no registo de adolescentes de 15 anos, em joguinhos de palavras, em brincadeiras, em piadas...

Por vezes pergunto-me o que é isto? Mais uma daquelas perguntas sem resposta... Somos apenas duas pessoas adultas idealistas, crentes na fantasia do Amor, vivendo alguma que nos une tão intensamente quanto nos afasta...

Fica o prazer da companhia um do outro, do diálogo, do carinho... E a ausência, que me alimenta o sentimento que acentua a saudade, até ao momento em que te vejo adormecer. Olho para ti, confusa sem perceber o porquê de estar alí quando lutei o quanto podia para não o fazer... Olho para ti e por momentos sinto o desejo de eternizar aquele momento.

Quero agarrar todos os momentos que possa estar na tua companhia, a par da tristeza que isso me possa provocar.

É a nossa história sem fim, qual vício que não se consegue largar.

quarta-feira, março 14, 2007

As vezes

Ás é preciso saber ouvir.....
Ás vezes é preciso saber falar.....
Ás vezes queremos dizer as coisas certas, e acabamos por dizer as coisas erradas....

Equilibrio....

De novo no cais de embarque...pessoas chegando de todos os lados e indo para lado algum....
Eu no meio delas expectante, observando a elas e a mim próprio....
Penso...
Tal como um grande rio que nos parece sempre igual, também as nossas vidas nos parecem sempre iguas quando observadas a uma curta distância no tempo....Mas olhando para o passado, não muito longinquo, percebemos o quanto mudamos...Uma mudança feita diariamente por pedaços de memórias mais ou menos presentes que constroem as pessoas que hoje somos....
Amanhã seremos diferentes, e é bom que assim seja.
Hoje... sei que é necessário.... confesso que mesmo assim a perspectiva de mudança corrompe o meu estado de espírito.....

terça-feira, março 13, 2007

Sinto-me absolutamente estúpida.
Sei que muito mais eu poderia dizer, mas não me apetece... Prefiro viver este momento de estupidez absurda, pelo arrependimento de algo que não fiz, querendo ter feito...
Agora perco-me em pensamentos, sou sucumbida por um sentimento de ciúme que me faz contorcer a alma...
Sinto-me estupida demasiado estupida pelos meus actos, pelo meu sentir, pela força que vou perdendo, por não conseguir avançar, por me "contrafazer" nas coisas em que acredito e defendo...
É tão ao lado que dói, demasiado para pensar mais nisso hoje.

segunda-feira, março 12, 2007

Perguntas

Gosto de usar retórica nas perguntas, não as quero respondidas, pois no fundo são aquilo que elas são, perguntas retóricas das quais não espero resposta pois são apenas pensamentos meus, são duvidas minhas para as quais não existem resposta!
São perguntas específicas, para um alguém específico que nem mesmo o próprio saberá responder! Porque não é para responder, não tem resposta, nem encolher de ombros... São coisas que simplesmente são assim. Mais nada.

São voltas e voltas.....

Curiosas as nossas vidas...
Por momentos somos de novo as crianças que fomos, com os hábitos que tivemos....
Doem muito estas recordações...

sexta-feira, março 09, 2007

O que eu tenho de errado?

Que tenho eu de errado?
Expliquem-me que tenho eu de errado? É o corpo, a cara que não são XPTO? É do feitio? É por ser decidida nas minahs convicções e defende-las com unhas e dentes? é pelo meu mau feitio? e peloa minha falta de paciência para coisas que me enervam e não dou sequer seguimento, para não me irritar mais?
É o que? excesso de atitude na vida, uma personalidade demasiado independente? é o que??? Motrar poucas vezes que também tenho um lado sensivel, um lado de mulher frágil que também precisa de ser cuidada?? É O QUÊ?????
Que tenho eu, que não seja o suficiente merecedor dos teus sentimentos, dos sentimentos seja de quem for????
Porque raio na minha vida acabo sempre abandonada por aqueles que amo, porquê???????????
O que é que eu tenho de errado, o quê?????

quinta-feira, março 08, 2007



O sentimento latente que não me abandona...

Quero-te mais do que desejo afastar-te, mas afasto-te pelo que desconheço do dia de amanhã...

O tempo vai passando e vais abrindo o teu coração para mim, vais falando das tuas tormentas, do que sentes e eu perco-me em conjecturas em relação ao que me dizes... Por estar tão embrenhada no sentimento que por ti tenho, não consigo distanciar-me do meu medo e torno-me evasiva sem saber onde eu estou nas tuas palavras, por não querer saber o que me dizes, porque antecipo já a dor...

No entanto... Perco-me nas tuas palvras aplicando a vivencias minhas, compreendendo sentimentos, enquanto me distancio de tudo, apenas porque meé mais fácil ver as tuas palavras aplicadas a uma outra pessoa que eu não conheça...

Estás tão perto, mas jogo-te para tão longe, afasto-te na piada de circunstancia e não te deixo ser analítico...

terça-feira, março 06, 2007

O que me fazes?

Não percebes o teu próprio jogo, ou não o queres perceber...
Não serviu de nada o que te disse, não percebeste nada daquilo que te quis dizer, ou então só não quiseste perceber...
Continuas a alimentar a minha dor, prque não te importas com ela, por mais taxativa que eu seja,por mais que eu te diga não, tu insistes, continuas no meu pé, no meu encalço procurando-me querendo estar comigo, mesmo depois de eu te dizer não!
Mas o que queres de mim afinal, qual foi a parte do "eu estou a sufocar no nim de coisa nenhuma, estou a sufocar pela tua falta de atitude, por não saberes o que queres", que não entendeste?
Para um pouco, pensa... Olha para o que me estás a fazer... Não te uses do meu sentimento para teu belo prazer...
Dói, sabias? Doi ter que te dizer não, quando na realidade eu te quero dizer sim, doi quando eu tento e quando tomo a resolução de não te querer mais e depois tu vens com a força toda em busca de mim...
Gosto de ceder à tua presença, embora saiba que vai ser momentanea e que me vais deixar no mesmo limbo de sempre...
Quero-te sabendo que não te posso ter, apenas porque tu não deixas...
Conheço-te tão bem, que ás vezes assusta...
Mas não mais, não te posso querer mais, vais entrar no esquecimento, estou cansada de recair por ti, quero a minha vida de volta, o meu coração...
Não me mates mais, não me faças congelar de novo.

segunda-feira, março 05, 2007

Essencial...

Ao fundo toca um piano de cauda...sobre ele cai uma luz branca, muito fria....
Eu, na mesa do fundo contemplo este cenário....
Penso nas pessoas que me rodeiam, penso na vida delas...nos seus sofrimentos, nas suas alegrias...nas pessoas que eles amaram, nas suas saudades...
Penso nas suas vidas cheias de pessoas e de grandes vazios...de promessas não cumpridas...de esperanças não realizadas...
Penso em mim...onde estou...para onde vou... e para onde quero ir...sei o que é melhor para mim...sei até que consigo lá chegar...
Muitas vezes a opção correcta é a que nos dói mais...
Mas é sempre a melhor a longo prazo...

Assim foi

Fiz o que havia para ser feito. Tu sabes disso. Tu percebeste a mensagem, sabes perfeitamente do que eu estava a falar, sabes o que na realidade eu queria...
Obriguei-te a construir o puzzle por ti mesmo, exactamente da forma como o fazias comigo em meias palavras, tendo a consciencia que eu sabia do que estavas a falar.
Joguei contigo como tu o fizeste comigo...
Agora doi, doi-me na alma como não sonhas, mas tinha de o fazer, eu tinha de te deixar, sob pena de sufocar em mim mesma numa angustia que quero deixar de sentir.
Foi o adeus e não até um dia.

Continuidades...

Sei...
Sei que a vida muda a cada instante...
Sei que as pessoas mudam...novos habitos novos gostos...novas pessoas...
Sei que o amanhã será diferente de hoje....
Sei que amanhã poderei não partilhar a minha vida com as pessoas que hoje tanto gosto...


Só sei que hoje sinto saudades das pessoas que são importantes para mim...

Eclipses....

Estou num promantório nma noite tocada por uma brisa quente vinda do mar..... ao fundo, as luzes de um restaurante cheio de pessoas que se desconhecem, mas que não deixam de sentir um certo bem estar por estarem juntas.
Uma noite mágica com um eclipse da lua, fez-nos a todos sentir especias, por estarmos ali naquele momento, por nos partilharmo-nos apeser de nos desconhecermos.
Nesse instantes gostaria de ter partilhado estes momentos com todas as pessoas de quem eu gosto.....

Faltava tanta gente.....

sábado, março 03, 2007

Não sais de mim



Não consigo avançar no dia-a-dia, não consigo raciocinar claramente. Razão e coração correndo em sentidos absolutamente opostos...

Sinto-me torpe por não saires de mim...

Continuas a assustar-me como nunca. Sempre que penso uma coisa, sempre que consigo colocar razão e sentir em uníssono, tu entras de rompante e destrois a débil muralha que começava a reerguer.

Tu minas-me... Eu sei disso e ainda assim deixo-me levar, movida pelo bater do coração forte, que parece estar sempre a querer provar que tem razão...

Mas a minha mente sabe que não, ela grita tão alto quanto pode não, mas o pulsar do coração deixa-me surda.

Estou tão cansada do que sinto...

Estou tão cansada desta esperança que rejuvenesce sempre que te vê...

Sabes... Tenho medo do até onde me possas levar... Tenho medo do depois do amanhã... Tenho medo do vazio, do silêncio... do cair da noite, da agonia de pensar em ti...

Deixa-me ou não me deixes, mas não me vás deixando...

A força começa a desaparecer...

Estou no vazio de te ter não tendo.


terça-feira, janeiro 30, 2007

Assustas-me...
Nunca sei que esperar de ti, sempre que tomo uma resolução, sempre que penso em te abafar e esquecer, tu surges e a todo o vapor, sinto-te diferente e não são apenas coisas da minha cabeça, pensas mais em ti e por pior que isso me faça deixa-m feliz, pois começas a ser o homem que deves ser e começas a adquirir uma força que julgavas perdida.
Perdes-te em delírio de fantasias e fazes-me ir atras dela, cresce o desejo que sempre tive por ti, mas limito-me a ser contigente. Posso alimentar o teu pensamento, apenas porque me sabe bem, porque desperta um jogo de cintura tentador que me faz vacilar em relação a ti... Mas não... Tudo tranquilo, ambos sabemos o que queremos um do outro, mas talvez eu quisesse mais... Mas só no dia em que eu sinta que consegui isso de ti, volte a encontrar conforto nos teus braços... Até lá, serei apenas a tua fonte de alimentação fantasiosa...

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Talvez....

Acordo para mais um dia...a rotina abate-se sobre mim....
No entanto estou tranquilo, o prazer dos pequenos nadas do dia a dia preenche parcialmente o meu vazio......
No entanto basta um momento, uma situação, uma palavra, e a dor e a angústia do amanhã, aparece de novo na minha vida...
Tenho tanto para resolver......

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Não te tinha dito...

... Mas odeio-te tanto, quanto te posso amar.
Odeio-te pelo facto de me alimentares o coração, mesmo quando penso que te esqueci... Odeio a forma como depois de eu te desprezar corres atras de mim, como quem não quer ser esquecido e no dia em que te procuro, simplesmente viras-me as costas...
Odeio-te porque és cobarde, porque alimentas algo do qual tens um medo inexplicavel... Não assumes os teus actos... Odeio-te por te ver um puto num corpo de homem bem formado...
Odeio-te pelo que me fazes sentir e principalmente porque as tua atitudes me fazem desistir de ti...
És demasiado cobarde para ser amado... Tenho pena de ti... A sério que tenho... Preferes perder a arriscar... Odeio ver no teu olhar um brilho que tentas disfarçar quando me vês... Odeio porque ficas sem jeito e nem te dás conta... Odeio porque ages como um puto de 14 anos...
Na minha revolta hoje odeio-te com todas as minhas forças... E parto para bem longe...

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Sinto que o tempo custa a passar numa paz como há muito não existia... Uma paz que me percorre e no amago cai no vazio, um vazio doente pela falta de afecto de um porto de abrigo... Não passa mais pela necessidade de reconhecimento, pelo carinho e afeição, isso eu tenho, mesmo que por momentos uma auto-estima fragilizada por anos de submissão a palavras vis e lacerantes, tome de novo conta de um ser muribundo de amor. Mas momentos depois esse mesmo ser reconhece o seu vazio, é o vazio de amar e ser retribuido, algo que por vezes acontece apenas no pensamento, por saber que se está nessa graça... E isso não sei mais o que é... E disso eu sinto falta... Não posso negar, sinto falta de amar e ser amada, sinto falta de um alguém que preencha de cor um negro que me assombra...
Passam os dias devagar num limbo de coisas de sempre...

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Solidao...

Pensamos que está tudo bem........ Rodeamo-nos de pessoas de quem gostamos...e no entanto...estamos sós...
destruidos por dentro sem concerto....apenas nos remendamos momentaneamente....
Sozinhos com a nossa própria dor....
Pergunto-me....
Algum dia deixarei de sentir defenitivamente esta enorme solidão???....

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Cansei e basta!

Sim, hoje coloquei o ponto final, cansei da espera do "pode ser que diga algo" eu não sou assim, essa velha pessoa de outrora não é mais a mesma, não se resigna mais com migalhas de pequenas coisas que não mais existem!!
Sim, cansei. Atingi o ponto de saturação não preciso disto...
Uma vez mais, chega eu dizer basta... E hoje com toda a certeza do meu ser grito: BASTA!!!
Simplesmente cansei!!!

quinta-feira, janeiro 04, 2007



É desespero que sinto camuflado num sorriso. É uma falsa alegria e boa disposição que transmito, apenas sentida quando entorpecida pelo abuso do alcool...

No acordar, a ressaca é transformada na mais pura das tristezas e sentimento de solidão... Abandono...

Uma vez mais, o duro golpe tão evitado...

A certeza de ter mantido o pé no chão, alicersa o pensamento de que poderia estar pior.

Mas o coração... Esse está perdido num ser que não encontro...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Ma tristesse

Choro na saudade do que perdi, relembro tantas vezes frases feitas "só se dá valor ao que se tem quando se perde", "não sabe o que perdeu"...
Choro de pura tristeza por um coração que me roubaram sem consentimento...
Não sei do paradeiro do meu coração, apenas sei que choro de tristeza e pela amargura do que perdi...
A esperança aos poucos se apaga, pelo desgaste que tão bem conheço... Fico fria, distante... Despreocupada com tudo...
Nada mais faz sentido... Nunca fez, menos agora poderá fazer...

Caminhos...

Caminho por entre as pessoas negras sem rosto, suas longas sombras projectam-se sobre o chão frio...
Ao fundo o mar profundo onde me posso perder, e o sol brilhante que tudo ilumina.....